
Dormir menos para dar conta de tudo parece uma solução temporária comum. Mas a privação de sono pode comprometer profundamente sua atenção e o funcionamento do seu cérebro.
A atenção vigilante, ou sustentada, é a capacidade de manter o foco ao longo do tempo. Estudos mostram que ela é uma das primeiras funções cognitivas a serem prejudicadas quando dormimos menos do que o necessário. A privação de sono afeta tanto a quantidade quanto a qualidade da nossa resposta a estímulos. Isso acontece porque o cérebro, privado de descanso, passa a funcionar de forma instável, alternando entre momentos de foco e “apagões” breves. Além disso, quanto mais tempo passamos acordados, maior a variabilidade e o tempo de reação nas tarefas que exigem atenção, mesmo que não percebamos.
Na clínica, esse efeito aparece como esquecimentos, erros de julgamento, irritabilidade ou dificuldade para manter o ritmo em atividades simples. Muitas vezes, o paciente atribui esses sinais ao estresse, mas o sono insuficiente pode ser o verdadeiro vilão. Avaliar e regular o sono é parte essencial de um cuidado terapêutico eficaz.
Dormir bem não é luxo, é necessidade. Seu cérebro precisa desse tempo para restaurar o equilíbrio e funcionar com clareza.
Se você sente que seu foco e sua memória estão comprometidos, considere buscar apoio psicoterapêutico. Cuidar do sono é um passo poderoso para restaurar sua saúde mental e emocional.