Fugir do que sentimos pode piorar — e muito — nosso sofrimento
Ninguém gosta de se sentir ansioso, triste ou inseguro. Por isso, é natural tentarmos fugir desses sentimentos. Muitas vezes, buscamos distrações, evitamos pensar ou até ignoramos sensações físicas. À primeira vista, isso até parece funcionar. Contudo, esse alívio é apenas temporário.
Na psicologia, esse padrão tem nome: evitação experiencial. Trata-se da tendência de tentar suprimir, controlar ou escapar de emoções, pensamentos e sensações desconfortáveis. Embora pareça uma solução, a longo prazo ela tem um efeito colateral importante: quanto mais fugimos, mais essas experiências se tornam frequentes, intensas e difíceis de gerir.
Por isso, um caminho muito mais saudável e efetivo é desenvolver a aceitação experiencial. Isso não significa se conformar com o sofrimento, mas sim aprender a acolher emoções difíceis, sem que elas definam suas escolhas. É como permitir que pensamentos desconfortáveis existam, enquanto você segue na direção do que realmente importa: seus valores, sua vida e seus projetos.
Ficar preso na luta contra as próprias emoções só gera mais sofrimento. Mas é possível aprender a se relacionar com elas de um jeito novo, mais leve e funcional. A psicoterapia pode ser esse espaço seguro e transformador.
