
Apesar dos avanços na saúde mental, o estigma em saúde mental ainda é uma barreira invisível, mas extremamente real. Quantas vezes você já ouviu — ou até pensou — que depressão é “fraqueza” ou que ansiedade é apenas “frescura”? Infelizmente, essas ideias não apenas afastam as pessoas do acolhimento, como também aprofundam o sofrimento.
O estigma funciona como um ciclo cruel: quem vive com transtornos emocionais muitas vezes se sente julgado, envergonhado e, pior, passa a acreditar que realmente há algo de errado consigo — isso é o chamado autoestigma. O impacto é devastador. Dados da Organização Mundial da Saúde mostram que o medo do julgamento é uma das principais razões pelas quais milhões de pessoas adiam ou abandonam tratamentos.
Na prática clínica, vemos isso todos os dias. Pessoas que sofrem em silêncio, com medo de parecerem fracas, descontroladas ou “problemáticas”. Entretanto, é fundamental compreender: buscar apoio psicológico não é sinal de fraqueza. É, na verdade, um ato de coragem, de cuidado e, sobretudo, de responsabilidade consigo mesmo.
Mudar essa realidade é urgente. E começa com informação, empatia e quebra de tabus. Ao entender que transtornos emocionais são condições humanas — e não falhas pessoais —, abrimos espaço para o acolhimento, para o tratamento e para uma vida mais saudável e significativa.
Se você se identificou, saiba: pedir ajuda é um passo potente em direção ao seu bem-estar. Psicoterapia não é para quem é fraco, é para quem deseja viver melhor.