
Você já tentou manter uma rotina de autocuidado e acabou se sentindo culpado por não conseguir? A ideia de “cuidar de si mesmo” muitas vezes é vendida como algo perfeito e produtivo. No entanto, o verdadeiro autocuidado nasce da autocompaixão, não da cobrança.
Pesquisas indicam que pessoas com altos níveis de autocompaixão tendem a se engajar mais em práticas saudáveis de autocuidado. Isso acontece porque elas conseguem acolher suas falhas e limitações com gentileza, sem se julgar duramente. A autocompaixão envolve reconhecer o sofrimento como parte da experiência humana e responder a ele com compreensão e presença. Quando nos tratamos como trataríamos um amigo querido, aumenta a motivação para escolhas conscientes. Assim, criamos um cuidado realista, e não baseado em padrões inalcançáveis. Esse modelo propõe um autocuidado sustentado por valores e realismo emocional, em vez de metas estéticas. Dessa forma, promovemos saúde mental com mais equilíbrio e compaixão.
Na psicoterapia, muitos pacientes relatam que se cobram por “não fazer o suficiente” ou transformam o autocuidado em mais uma obrigação. Ao trabalhar a autocompaixão, essas pessoas começam a reconstruir a relação com o próprio corpo, com o tempo e com o bem-estar. Com isso, passam a vivenciar um processo verdadeiramente transformador.
Cuidar de si é um gesto de respeito por quem você é. Além disso, é um caminho possível quando guiado pela autocompaixão.
Se você sente que o autocuidado tem sido fonte de frustração, considere o olhar da autocompaixão. Ele pode ser o início de uma jornada mais leve e significativa.